Agenesia dentária é a ausência congênita de dentes nos arcos dentais, pode estar presente na dentição decídua e permanente, acometer um dente isoladamente, um grupo de dentes ou todos. Possui tratamentos variados na odontologia que inclui fechamento ortodôntico dos espaços vazios ou reposição do elemento dental ausente, a critério da avaliação clínica do caso e escolha do profissional. Este é um estudo epidemiológico realizado em uma cidade de grande porte no interior da Bahia, verificando a incidência desta anomalia dentária. Foram observadas 1002 documentações ortodônticas e fichas clínicas de pacientes submetidos a tratamento ortodôntico em uma escola de pós-graduação. Os resultados encontrados reportam que a prevalência de agenesia foi de 7,4%, a prevalência de agenesia em um dente é de 3,5% e em dois dentes é de 3,2%, a prevalência de agenesia unilateral é de 3,8% e bilateral 3,6%. Os dentes com maior prevalência de agenesia são os dentes 22 (1,8%), 12 (1,7%) e 35 (1,3%). Há associação significativa entre a raça e a presença de agenesia (p<0,05). A prevalência de agenesia é de 4,5% entre os leucodermas, 8,8%, entre os melanodermas e de 9,0% entre os faiodermas. Também encontrada associação significativa entre o padrão facial e a presença de agenesia (p<0,05). A prevalência de agenesia de 5,3% entre os braquicefálicos, 5,9% entre os mesocefálicos e 10,8% entre os dolicocefálicos. Conclusão: Há associação significativa entre a raça e a presença de agenesia, como também entre o padrão de crescimento facial.