RESUMOA substituição dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis é de grande importância econômica, uma vez que há um constante aumento de preço do petróleo em decorrência da diminuição de suas reservas, ou mesmo por questões ambientais, que incentivam a procura por combustíveis provenientes de fontes renováveis e que proporcionem menor emissão de gases indutores do efeito estufa. Várias espécies de Clostridium são capazes de produzir o solvente acetona, butanol e etanol (ABE) pela fermentação de variados substratos. Nesse cenário, o butanol tem se tornado um interessante substituto para o etanol em aplicação como aditivos de combustíveis, devido às suas propriedades físico-químicas. Foi provado que é possível utilizar o butanol diretamente em motores à gasolina, sem necessidade de modificação. No entanto, há uma dificuldade na produção de ABE por esses microrganismos, devido ao fato de o produto fermentado ser tóxico a eles, quando em altas concentrações, evidenciando a necessidade de métodos que os tornem mais resistentes a esta toxicidade, ou que não haja contato do produto com o microrganismo. Outro gargalo corresponde ao fato de a rota bioquímica de produção de butanol ainda apresentar custo elevado, quando comparada com a rota petroquímica, especialmente devido ao alto custo dos componentes do meio de cultivo. Visando tornar a produção biotecnológica do butanol mais competitiva, esforços vêm sendo feitos para minimizar o custo desse processo. O objetivo deste trabalho foi reunir os principais aspectos envolvidos para a produção de biobutanol, através de informações atualizadas sobre tecnologias e processos de produção no setor industrial.