O leite cru refrigerado precisa ser obtido de maneira higiênica, seguindo protocolos rigorosos para que não haja a possibilidade de alterações em sua composição. Portanto este trabalho teve como objetivo avaliar parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa (IN) nº 76/18 e 77/18 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), num grupo de 30 produtores de uma Agroindústria da Serra Gaúcha-RS. Foram analisados os parâmetros físico-químicos de gordura, proteína total, lactose anidra, sólidos não gordurosos e sólidos totais, e os parâmetros microbiológicos de Contagem Padrão em Placas (CPP) e Concentração de Células Somáticas (CCS), além de análise de resíduos de produtos de uso veterinário e contaminantes. Os valores encontrados para os parâmetros de CPP em sua maioria estão em acordo com o que preconiza a legislação, porém a CCS parece ser o problema maior dos produtores da região devido aos elevados índices apresentados em 50% dos produtores avaliados. Também há resultados em desacordo para as análises de proteína, lactose anidra, sólidos não gordurosos. Quanto à detecção de resíduos de antibiótico, nenhum produtor teve resultado positivo, e na detecção de fraudes, 3 produtores apresentaram resultados positivos para o teste de cloretos coincidindo com as maiores taxas de CCS no leite cru refrigerado. Palavras-Chaves: qualidade do leite, instrução normativa 76, instrução normativa 77, detecção de fraudes, resíduos de antibióticos