Objetivo: Analisar os desfechos maternos e perinatais em gestantes pós cirurgia bariátrica e classificadas como alto risco. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional e retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado a partir de dados secundários de 4.293 gestantes de alto risco de um ambulatório especializado do sul do Brasil. Desse total, 50 gestantes tinham como condição clínica pré-existente a cirurgia bariátrica (grupo caso), e diante das características de idade, situação conjugal e escolaridades homogeneizou-se o grupo controle para comparação no estudo, obtendo-se 150 gestantes. A variável independente será a condição clínica pré-existente de cirurgia bariátrica. As variáveis desfechos serão: prematuridade, baixo peso ao nascer, Apgar <7 no 1º e 5º minutos, óbito fetal, óbito neonatal e tipo de parto. Resultados: Ao comparar o grupo controle com gestantes que possuem cirurgia bariátrica previa, notou-se um risco relativo aumentado para índice de Apgar abaixo de 7 no 1º minuto. Conclusão: Com base na análise dos dados obtidos, conclui-se que a cirurgia bariátrica como condição clínica pré-existente em gestantes de alto risco não influencia negativamente os resultados perinatais. Todavia o acompanhamento durante pré-natal e puerpério devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar e capacitada, que reconheça precocemente qualquer possível complicação.