As frutas e hortaliças se diferem dos demais produtos da agricultura devido a sua alta perecibilidade. Um dos maiores problemas da cadeia produtiva, está nos níveis de perdas pós-colheita, juntamente com o manejo inadequado. Neste contexto tem-se como problema de pesquisa: quais são as principais causas de perdas de hortaliças dentro de um comércio de frutas e hortaliças localizado em Três de Maio, Rio Grande do Sul? O presente trabalho tem como objetivo principal avaliar e mostrar uma visão geral de forma simples e direta do cenário de pós-colheita de frutas e hortaliças comercializadas para o mercado fresco, indicando as principais causas para as perdas pós-colheita e possíveis alternativas para minimizar esta situação. Portanto, foi realizado um estudo de caso com abordagem qualitativa e quantitativa. Para a coleta de dados, foi necessário entrevistar o proprietário do estabelecimento, aplicando um questionário composto de 16 perguntas objetivas, abrangendo aspectos de produção, de escoamento, de comercialização e de armazenamento de hortaliças. Segundo relatos, os produtos são adquiridos semanalmente e, em decorrência da sua venda, oriundos de uma central de abastecimento mais próxima. Após o recebimento dos produtos, eles são dispostos nas bancadas de exposição para os consumidores. Segundo os resultados obtidos, o estabelecimento apresenta baixos índices de perdas de batata e de repolho, obtendo perdas apenas quando os produtos permanecem muito tempo na prateleira ou devido a ocorrência de danos mecânicos. Dentre as estratégias para combater as perdas do comércio varejista, verificou-se ser necessário evitar ao máximo condições que sejam favoráveis à contaminação microbiológica dos produtos. Por isso, a importância da adoção de medidas preventivas desde a colheita dos produtos, limpeza, sanitização e transporte até o consumidor final, prezando sempre pela melhor qualidade organoléptica.