RESUMOIntrodução: a encefalopatia hipóxico isquêmica neonatal é uma doença devastadora para o cérebro do recém-nascido. Nas últimas duas décadas, as pesquisas experimentais trouxeram grande avanço nos conhecimentos fisiopatológicos. Para a integridade neuronal, é necessária energia suficiente para a célula manter o equilíbrio iônico. A hipotermia tem sido estudada como um método com alto grau de neuroproteção na hipóxia-isquemia (HI). Objetivo: verificar a potencialidade terapêutica da hipotermia como tratamento da encefalopatia hipóxico-isquêmica em recém-nascidos. Método: foram consultadas as bases de dados do Medline, Lilacs, Scielo e JCR-ISI. As consultas incluíram artigos registrados entre 1993 e 2008 no idioma Português, Inglês e Espanhol. Discussão: encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal é complicação imediata à asfixia grave e pode causar graus variados de dano cerebral. As características do dano hipóxico isquêmico indicam que existe um período intermediário, em que é possível intervir interrompendo a cadeia de eventos que levam a destruição celular definitiva. Com a finalidade de proteger o cérebro dos insultos isquêmicos, utilizam-se drogas e diferentes procedimentos, tais como manitol, removedores de radicais livres, antagonistas de receptores opiáceos, supressores de metabolismo e hipotermia para minimizar as lesões. Conclusão: o resfriamento cerebral é a conduta terapêutica promissora em reduzir danos cerebrais em recém-nascidos.
Palavras-chave:Recém-nascido; hipotermia; paralisia cerebral; fisiopatologia e encefalopatia. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. 2008; 18(3): 346-358
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