RESUMO:Objetivou-se identificar aspectos do trabalho na Estratégia de Saúde da Família que contribuem para aumentar e/ou reduzir as cargas de trabalho dos profissionais. Participaram 11 profissionais de três equipes de Estratégia de Saúde da Família de um estado do Sul do Brasil. Os dados foram coletados, entre dezembro de 2010 e março de 2011, por meio de entrevistas individuais, grupo focal e estudo documental e analisados combinando a Análise Temática com recursos do software ATLAS.ti. As principais fontes de aumento das cargas foram aspectos que impedem a implantação do modelo assistencial como preconizado; e de redução, a afinidade com o modelo assistencial, a autonomia da equipe e a garantia do emprego. Predominaram, no trabalho da Estratégia de Saúde da Família, fragilidades que repercutem negativamente na satisfação e na saúde dos profissionais, mas há possibilidades de intervenção para redução das cargas e qualificação da assistência, especialmente aquelas para melhorias das condições de trabalho.
DESCRITORES:Saúde do trabalhador; Carga de trabalho; Saúde da família; Atenção primária à saúde.
WORKING IN THE FAMILY HEALTH STRATEGY: IMPLICATIONS IN PROFESSIONALS WORKLOADSABSTRACT: This study aimed to identify aspects of work in the Family Health Strategy that contribute to increase and / or reduce workloads of professionals. Eleven professionals from three teams of the Family Health Strategy from a state of southern Brazil participated in the study. Data were collected between December 2010 and March 2011, through individual interviews, focus groups and documentary study and were analyzed combining thematic analysis with the resources of the software ATLAS.ti. The main sources of increased workloads were aspects that hinder the implementation of the care model as recommended; and of reduced workloads, the affinity with the care model, the autonomy of the team and the guarantee of employment. In the work of the Family Health Strategy, some weaknesses that negatively affect satisfaction and health professionals predominated, but there are possibilities for intervention to reduce workloads and improve quality of care, especially those for better working conditions.