A produção das cidades desiguais exemplificada em nossa realidade, no contexto brasileiro, apresentada em forma de segregação socioespacial, também produzida por políticas de mobilidade urbana elitistas, acaba criando o modelo de cidades espraiadas e fragmentadas, processo segregatório responsável pela irrealização do Direito à Cidade. Neste artigo, os autores se propõem a apresentar a relação entre mobilidade urbana e segregação socioespacial e como o descaso dos governantes colabora para tal crise na democracia das cidades. Apresenta, assim, proposições de enfrentamento desses conflitos, como o Desenvolvimento Orientado ao Transporte – DOTS, juntamente com acesso ao transporte gratuito, também conhecido como Tarifa Zero, em seus aspectos e desdobramentos dentro da temática.