Avaliação de métodos e técnicas para inserção do usuário na fase inicial do processo de design de sistemas de wayfinding | Methods and techniques evaluation for user inclusion in the initial phase of wayfinding systems design process

Abstract

Este artigo apresenta a avaliação de métodos e técnicas para coleta de dados cognitivos espaciais dos usuários, aplicáveis em sistemas de wayfinding para ambientes hospitalares. A partir de uma revisão de literatura, 25 métodos/técnicas foram avaliados por 45 profissionais (designers e arquitetos) através de questionário online. A análise quanti/qualitativa possibilitou a identificação das práticas profissionais bem como de métodos e técnicas que com potencial aplicabilidade na coleta de dados dos usuários, na fase inicial do processo de design. Deste modo este trabalho objetivou trazer contribuições metodológicas para o incremento dos sistemas de wayfinding, beneficiando tanto desenvolvedores como o usuário final da informação. This paper presents a methods and techniques evaluation for spatial cognitive data collect of users applicable in wayfinding systems for healthcare. From a literature review, 25 methods/techniques were evaluated by 45 professionals (designers and architects) through an online questionnaire. A quantitative and qualitative analysis allowed to identify professionals practices as well as methods and techniques potentially aplicable with user data collect, in the initial phase of design process. This article aimed to provide methodological contributions to the increment of the wayfinding systems, benefiting both developers and the information end user.

O ambiente construído e organizacional hospitalar no design de sistemas de wayfinding

“…A partir A identificação dos elementos de modo a auxiliar na orientação espacial desenvolve-se a partir do conhecimento espacial, o qual necessita, segundo Padovani e Moura (2008), de auxílios gráficos (e.g., indicadores de localização, sinalização, arquitetura etc.). Tais auxílios, podem compor um sistema de wayfinding ao disponibilizarem informações essenciais à orientação espacial (Smythe, 2014;2018). Dessa maneira, segundo Gibson (2009) os artefatos podem desempenhar funções de identificação, direção, orientação e regulação, conforme exemplificado na figura 02.…”

“…Contudo, os usuários não têm sido considerados no desenvolvimento de sistemas para orientação espacial como visto em Smythe (2014), acarretando em um projeto em que tanto os colaboradores (e.g., recepcionistas, enfermeiros) quanto os pacientes enfrentam barreiras dentro do sistema de informação.…”

O que eu preciso para chegar lá? Design de sistema de wayfinding para complexo hospitalar

“…Os processos de design geralmente são compostos por três partes principais: pré-design, design e pós-design (Smythe, 2014). Na parte de pré-design observa-se o momento inicial de coleta de informações, sobre o ambiente, as pessoas, as atividades, às necessidades e identificação de requisitos projetuais.…”

“…), bem como diferentes técnicas de coleta de dados (percurso cognitivo, análise contextual, análise da tarefa, entrevistas, questionários etc.). No entanto, tais formas de coleta não reúnem informações que possam ser interpretadas sob a perspectiva da necessidade informacional e estratégias que as pessoas utilizam para encontrarem o local que procuram (Smythe, 2014). Nesse sentido, o método Wayfinding Information Behavior (Smythe, 2018) apresenta-se como instrumento sistematizado de coleta de dados, destinado a entender as necessidades informacionais, comportamento de busca e uso da informação na orientação espacial.…”

Design gráfico ambiental e saúde: estudo de caso das sinalizações desenvolvidas na pandemia da Covid-19 na Clínica de Fonoaudiologia da FOB/USP em Bauru, São Paulo

“…Com o sistema de wayfinding, cada indivíduo criará um mapa mental particular e com ele fará suas estratégias de orientação e de navegação.Em lugares como as clínicas e os hospitais, Mandel e Johnston (2014) explicam que o paciente, ao entrar no espaço, normalmente está à procura de resolver suas necessidades específicas de saúde. Mas, ao longo do caminho, acaba se distraindo quando se depara com a falta de compreensão das informações disponibilizadas no ambiente, o qual deveria veicular mensagens de maneira simples e precisa Smythe (2014). defende que, para transformar a comunicação dentro dos hospitais, é necessário identificar detalhadamente quem são os usuários do espaço, seus medos e objetivos, para tornar o processo de auto localização mais segura e tranquila em situações de saúde e de emergência.no qual destacam quatro recomendações relevantes para a elaboração de uma sinalização que pretende auxiliar pacientes, desde a internação até a sua volta para casa.…”