O presente artigo científico apresenta um estudo sobre a economia do compartilhamento, sendo conhecido nos dias atuais como o aplicativo de celular Uber. Este aplicativo pode se definir como um intermediário entre passageiros interessados em se deslocar pelos centros urbanos e por proprietários de automóveis interessados em oferecer transporte individual remunerado. O Uber se originou na cidade de São Francisco na Califórnia e acabou causando certa polêmica em todos os países em que atua por estar supostamente envolvido com concorrência desleal em relação aos serviços de táxi, os quais possuem uma série de exigências legais para operar que não estão sendo exigidas na mesma proporção dos motoristas parceiros do Uber. Através desta economia de compartilhamento pode-se dividir o uso ou a compra de serviços facilitada, principalmente, por aplicativos. Tal prática e modelo econômico é mediado pela internet, baseado em compartilhamento. Este artigo se propõe a analisar a atuação do Uber no Brasil a partir das primeiras experiências do programa no país, mais precisamente nas cidades do Rio de Janeiro (2014), São Paulo (2014), Belo Horizonte (2014) e Distrito Federal (2015), bem como as implicações desta modalidade de serviço para a mobilidade urbana. É importante analisar na perspectiva da atualidade tendo como referência para a discussão, e enfatizados os posicionamentos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em relação aos principais pontos de discórdia demonstrados ao longo da elaboração do presente artigo científico. Por fim, considera-se que tanto a livre concorrência quanto a reserva de mercado no transporte individual de passageiros possuem a mesma finalidade: promover o acesso universal à cidade. Contudo, não seria prudente responder qual dos dois caminhos melhores atende a sua finalidade sem estar associado a um estudo empírico sobre a real necessidade de transporte individual em cada cidade específica.