Avaliação De Um Processo Catalítico Inovador Para Produção De Hidrocarbonetos De Cadeia Longa a Partir De Óleo Vegetal

Abstract

RESUMO -Foram efetuados ensaios reacionais de hidrotratamento catalítico e pirólise de óleo sob atmosfera de hidrogênio a 360°C, 380°C e 400°C. Os produtos foram caracterizados utilizando-se de um espectrômetro de massas associado a um cromatógrafo a gás. Os resultados foram analisados quanto à produção de hidrocarbonetos totais e hidrocarbonetos de cadeia longa. As análises mostram que a razão entre hidrocarbonetos maiores que 14 carbonos e hidrocarbonetos totais é de cerca de 50% para a pirólise e pode atingir valores superiores a 90% com o emprego do hidrotratamento catalítico, configurando uma alternativa vantajosa para produção de combustíveis com alto grau de pureza. INTRODUÇÃOComo mencionado por Dandik (1998), óleos vegetais e gorduras animais apresentam propriedades interessantes como precursores para hidrocarbonetos sintéticos: possuem radicais contendo cadeias de 16 a 24 átomos de carbono, além de baixíssimas concentrações de elementos indesejados, como enxofre, metais pesados e nitrogênio.Atualmente um dos biocombustíveis de maior sucesso é o biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais com um processo de transesterificação que pode ser efetuado por diversas rotas. O diesel mineral, porém, é mais estável quando comparado ao biodiesel, já que o último sofre oxidação, fato que dificulta a armazenagem e uso do combustível. O biodiesel também apresenta propriedades inferiores frente ao diesel, como alta viscosidade em baixas temperaturas e menor poder calorífico (Tian et al., 2018).Novos processos para a produção de combustíveis a partir de óleos vegetais vêm sendo estudados (Huber e Corma 2007, Wang 2012). Um processo que chama a atenção é o de hidrotratamento, onde o óleo reage com hidrogênio na presença de um catalisador para formação de hidrocarbonetos. O catalisador pode também favorecer reações de quebra dos hidrocarbonetos, formando frações mais leves.Trabalhos anteriores (Tapia et al., 2017) indicam a eficiência de catalisadores a base de sulfetos de níquel-molibdênio para produção de hidrocarbonetos a partir de óleos vegetais, com a desvantagem, entretanto, da necessidade de adição de enxofre para manutenção de sua atividade. Catalisadores baseados em carbetos, como aqueles descritos por Wang (2012), eliminam essa desvantagem ao utilizar uma fase ativa que não depende da adição de elementos indesejados.

Combustíveis Renováveis a Partir De Óleos Vegetais Com Catalisador Niymoxcz – Al2o3 Sol-Gel

“…A utilização de alumina sol-gel pode promover a presença de sítios ácidos moderados, limitando a formação de cadeias mais curtas de hidrocarbonetos e alcançando uma maior seletividade para os componentes encontrados na faixa do diesel. Isso resulta na produção de um produto de alta qualidade, alinhado aos objetivos de sustentabilidade (PIMENTA et al, 2020).…”

“…Os óleos vegetais têm se destacado como uma fonte promissora para a produção de combustíveis sustentáveis, principalmente devido à sua composição de ácidos graxos que apresenta semelhanças com os hidrocarbonetos do petróleo e à sua alta eficiência calorífica (GOSSELINK et al, 2013;PIMENTA, 2018;WANG et al, 2020). Exemplos desses óleos incluem os de canola, soja, coco, girassol e milho, que são predominantemente compostos por ácidos graxos como o ácido oleico (C18:1), o ácido linoleico (C18:2) e o ácido palmítico (C16:0).…”