“…É importante ressaltar que esse efeito contribui para um melhor conforto pós-operatório, diminui a morbidade pós-cirurgica e, além disso, diminui o consumo de analgésicos, tornando menos oneroso o tratamento (Ong et al, 2005a).Em uma meta-análise, em que foi avaliada a eficácia analgésica de uma única dose de lumiracoxibe, comparado ao placebo, em quadros de dor instalada, Roy et al (2007) concluíram que, 12 horas após a administração da droga, 58% dos voluntários necessitaram da medicação analgésica "de escape", similares aos dados aqui descritos. Isso mostra que, mesmo quando se utilizam medicamentos com boa eficácia analgésica, pela subjetividade do processo doloroso, em casos de dor aguda, o tratamento farmacológico apresenta maior eficácia quando feito de maneira polimedicamentosa, com a utilização de analgésicos "de escape".Recentemente,Molon et al (2009), em mamoplastias de aumento, demonstraram o efeito analgésico preemptivo do lumiracoxibe, com base no aumento do tempo da primeira solicitação do analgésico e na redução do consumo global de analgésicos no período pós-operatório.Cabe ressaltar também que a percepção e reação à dor são características individuais, muito variáveis, mesmo se tratando de procedimentos cirúrgicos similares, com praticamente o mesmo tempo de duração e volume de anestésico empregado(Ong et al, 2004; Ong et al, 2005b), como ocorreu no presente trabalho. Como exemplo, no tempo de 12 h pós-operatórias, por meio da escala visual analógica, um dos voluntários anotou traços que correspondiam a 48 e 44mm, relativos ao tratamento 1 e 2, respectivamente, enquanto a intensidade de dor de outro sujeito da pesquisa, no mesmo tempo de avaliação, foi de 3 e 2mm.Essa subjetividade do processo doloroso talvez seja um dos grandes desafios na avaliação dos efeitos analgésicos desses medicamentos.…”