Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar a transformação de significado de palavras sem sentido via relações de comparação estabelecidas com faces alegres. Adultos foram expostos a um treino em que duas figuras abstratas tinham função de dicas contextuais de comparação, controlando diferencialmente a escolha de diferentes quantidades de objetos. Em seguida, tais figuras foram utilizadas para estabelecer a seguinte rede relacional de comparação envolvendo palavras sem sentido e faces alegres: A < B < FACE ALEGRE < D < E. Depois de estabelecidas as relações arbitrárias de comparação e testadas as relações derivadas (e.g., A < E, E > A), os participantes avaliaram o significado dos estímulos A e E por meio do (a) diferencial semântico, de um (b) teste de preferência e do (c) IRAP. Os resultados do diferencial semântico demonstraram transformação de função dos estímulos A e E em acordo com relações de comparação. Neste instrumento, o estímulo E foi avaliado pelos participantes como mais positivo que o estímulo A, resultado confirmado estatisticamente quando comparado às avaliações do grupo controle. Os testes de preferência, embora tenham variado entre participantes, apresentam uma tendência de evitação do estímulo A e de preferência pelo estímulo E. Diferentemente das medidas anteriores, não foi possível verificar uma diferença clara entre as avaliações dos estímulos A e E por meio do IRAP, sendo ambos avaliados como igualmente positivos em termos de medida implícita. Os resultados observados demonstram que apesar de A ser avaliado como menos alegre do que E, este não foi considerado triste, produzindo a inconsistência observada no IRAP. Abstract: The present study aimed to investigate the transformation of meaning via comparison relations among meaningless and faces expressing happiness. Adults were exposed to a task in which two abstract figures were established as contextual cues controlling the selection of different quantities of multiple objects. Then, such stimuli were used to establish the following relational network of comparison involving nonsense words and faces expressing joy: A A), the participants evaluated the meaning of stimuli A and E using (a) a semantic differential instrument, (b) a preference test and (c) an implicit test (IRAP). The results of the semantic differential suggest the transformation of the function of the stimuli A and E accordingly the comparison relation. In this instrument, stimulus E, a word related arbitrarily as being "more" than happy faces, was evaluated by participants as more positive when compared to stimulus A (established as "less" than happy faces). Preference test, although varying among participants, show a tendency to avoid stimulus A and a preference for stimulus E. Unlike the previous measures, it was not possible to verify a clear difference between the evaluations of stimuli A and E by means of the IRAP, both being evaluated ...