O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é considerado como um alimento completo, assegura proteção imunológica e garantia nutricional para a criança. Além disso, é capaz de promover benefícios para a saúde física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. O leite humano tem composição específica que se ajusta de acordo as necessidades nutricionais, metabólicas e fisiológicas de cada fase do lactente. Traz em sua composição fatores imunológicos como anticorpos IgA, IgM e IgG, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisozima e fator bífido, que protegem a criança contra doenças e infecções. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, ecológico e quantitativo, onde avaliou-se por meio de dados secundários a partir de relatórios públicos consolidados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), no período de 2019 a junho de 2023, o estado nutricional de crianças de ambos os sexos, na faixa etária de 0 a 6 meses de vida em aleitamento materno exclusivo. Observou-se, o predomínio do peso adequado para idade em todos os anos estudados. Contudo, nota-se uma queda dos valores no decorrer do período, comparando-se o ano de 2019 (83,75%) e o ano posterior, 2020 (77,37%) houve uma queda de 6,38%. Verifica-se que o diagnóstico de peso muito baixo para idade saltou de 4,33% para 11,03%, sendo que 2022 apresentou o maior quantitativo de bebês nessa classificação, com 10,36% (n=588) para o ano.
Apesar da elevada taxa de adequação do peso, é crescente o número de crianças com peso muito baixo para idade. O aleitamento materno exclusivo nesse período é indispensável para o desenvolvimento e crescimento saudável dos lactentes, favorecendo assim, a redução de doenças que se perpetuam até a vida adulta.