Avaliação do nível de sedentarismo dos estudantes da EREM Herculano Bandeira

Abstract

A obesidade constitui uma epidemia global, sendo o comportamento sedentário uma de suas principais causas. Nas últimas décadas houve uma expressiva diminuição nos níveis de atividade física nas diferentes camadas sociais, sendo os jovens os mais afetados por essa problemática. Nesse contexto, este estudo objetivou investigar o nível de sedentarismo dos estudantes da Escola de Referencia em Ensino Médio Herculano Bandeira, município de Paudalho, Pernambuco. Foi realizado um estudo não-probabilístico por amostra de conveniência, através de questionário estruturado, aplicado a uma amostra de 71 alunos. Os resultados demonstraram que 49,3% dos estudantes não praticavam caminhadas; 38,0% não praticavam nenhum esporte; 19,7% dedicam de 10 min a 25 min para prática esportiva; 40,8% dos alunos realizavam tarefas domésticas sozinhos; 29,4% dedicavam 5 horas ou mais para mídias sociais; 38,0% não possuíam número de refeições definidas; 84,5% associavam sedentarismo à inércia corporal. Os resultados demonstram que os estudantes consultados apresentam comportamentos sedentários, encontrando-se insuficientemente ativos e dedicam muito tempo a atividades de baixo débito calórico, além de manter hábitos alimentares inadequados. Faz-se necessária a intervenção de profissionais da saúde e educação para reverter esse quadro preocupante, permitindo que esses jovens se desenvolvam de forma plena.

Gestão do Trabalho, Educação e Saúde: novas evidências em pesquisa

“…As instituições e o local de trabalho desempenham um papel significativo na determinação da qualidade de vida no trabalho dos indivíduos. Esta é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo as condições físicas, tecnológicas e sociopsicológicas do ambiente de trabalho, que afetam diretamente o bem-estar e a satisfação dos trabalhadores (Silva et al, 2022). A capacidade de manter uma qualidade de vida elevada em face de desafios inesperados é fundamental para a satisfação e o engajamento dos trabalhadores, influenciando positivamente o desempenho organizacional (Camargo et al, 2021;Antloga et al, 2023).…”

“…particularmente em cenários que desafiam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, tal como observado durante a pandemia da COVID-19. O conceito de qualidade de vida no trabalho envolve uma gestão abrangente de fatores físicos, tecnológicos e sociopsicológicos, os quais exercem uma influência direta sobre o clima organizacional e, consequentemente, sobre o bem-estar dos trabalhadores(Silva et al, 2022). Esse conceito está alinhado à definição de qualidade de vida proposta pela OMS (Organização Mundial da Saúde) (1998), que considera a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, dentro do contexto cultural e dos sistemas de valores nos quais ele está inserido, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.Diversos estudos têm explorado a qualidade de vida no trabalho sob diferentes perspectivas e em variados contextos.…”

“…Esses achados enfatizam que a qualidade de vida no trabalho é um conceito multidimensional, composto por diversas dimensões como as condições de trabalho, reconhecimento, crescimento profissional, relações socioprofissionais, organização do trabalho e a integração entre trabalho e vida social.Com a pandemia da COVID-19 e a transição para o trabalho remoto, novos desafios emergiram para a manutenção da qualidade de vida no trabalho.Uma investigação com docentes sob regime de distanciamento social revelou que, apesar das mudanças nos hábitos de vida e na natureza do trabalho, a satisfação com diferentes aspectos do trabalho foi mantida. Alterações nos padrões alimentares, na atividade física e no sono foram observadas, mas não necessariamente implicaram em uma redução da qualidade de vida no trabalho(Silva et al, 2022). Tais descobertas ressaltam a complexidade do conceito de qualidade de vida no trabalho e sua susceptibilidade a uma ampla gama de fatores, tanto internos quanto externos ao ambiente de trabalho.Adicionalmente, a pesquisa conduzida porAntloga et al (2023) na Universidade de Brasília sobre a percepção de qualidade de vida no trabalho entre trabalhadores de entidades federais da área de infraestrutura explorou fatores como a organização do trabalho, condições de trabalho e relações socioprofissionais.…”

“…No entanto, o ambiente de trabalho pode também ser uma fonte significativa de estresse,atualmente o termo que designa tal condição é conhecido como "estresse ocupacional". Este surge quando há um desequilíbrio percebido entre as demandas do trabalho e a capacidade do indivíduo de atendê-las, levando a consequências negativas tanto para a saúde física quanto mental dos trabalhadores(Silva et al, 2022).A satisfação no trabalho, por sua vez, reflete o grau de contentamento do trabalhador com diferentes aspectos do seu trabalho, incluindo natureza das tarefas, ambiente de trabalho, remuneração, oportunidades de desenvolvimento e reconhecimento. Uma alta satisfação no trabalho está correlacionada a vários resultados positivos, como maior produtividade, comprometimento organizacional e bem-estar geral do trabalhador(Antloga et al, 2023).É evidente que o trabalho ocupa um papel central na vida dos indivíduos, com implicações significativas para o seu bem-estar físico e psicológico.…”

“…Elementos como a composição do grupo, a qualidade das relações interpessoais, a clareza de papéis e a congruência de metas são determinantes na satisfação dos membros do grupo e, indiretamente, na sua percepção de qualidade de vida no trabalho. A interação social no ambiente de trabalho, conforme destacado por Walton (1973) e citado porSilva et al (2022), é essencial para a qualidade de vida, promovendo a troca de informações, suporte emocional e a formação de um senso de pertencimento.A análise da qualidade de vida no trabalho a partir da perspectiva dos grupos de trabalho destaca a complexidade das relações laborais e a necessidade de estratégias holísticas de gestão de recursos humanos. Políticas e programas focados em qualidade de vida devem abordar não apenas o bem-estar individual, mas também considerar a dinâmica dos grupos de trabalho.…”