Avaliação do potencial antimicrobiano dos extratos de fungos Penicillium spp.

Abstract

Os fungos do gênero Penicillium produzem metabólitos secundários que são utilizados como modelo para a síntese e desenvolvimento de antibióticos como a Penicilina, Penicilina V, Ampicilina, Amoxilina e Griseofulvina. A produção de tais compostos pode ser explorada através de pequenas alterações em parâmetros físicos e químicos do cultivo. Essas alterações estimulam rotas biossintéticas silenciadas e isso aumenta a diversidade de compostos bioativos produzidos pelo fungo. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi de investigar o potencial antimicrobiano dos extratos Penicillium spp. isolados no estado do Amazonas. As linhagens estudadas nesse trabalho estão depositadas na Coleção de Fungos da Amazônia (CFAM) do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD), e foram reativadas em meio BDA por sete dias. Para a produção dos extratos, utilizou-se uma solução de suspensão de esporos na concentração de 1 x 10-6 UFC/mL. Inoculou-se 50 µL desta suspensão em erlenmeyers contendo 25 mL dos meios BDL, SB, YES e ISP2.O experimento foi realizado em triplicata, em modo estático, incubado à 28 ºC por 15 dias. Passado esse período, o caldo fermentado foi extraído com acetato de etila e o micélio com metanol. Então, determinou-se a Concentração Mínima Inibitória – CIM dos extratos obtidos em acetato de etila frente aos patógenos Candida albicans, Candida tropicalis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus. As melhores atividades foram observadas para as linhagens P. oxalicum e P. citrinum cultivados em BDL e SB com CIM de 250 µg/ml e 62,5 µg/ml, respectivamente.

Atividade antimicrobiana produzida por fungos filamentosos isolados das águas do Baixo Rio Tapajós, Pará, Brasil

“…Nesse sentido, há diversas pesquisas voltadas para a prospecção de fungos produtores de compostos naturais mais eficientes no controle de infecções, os quais podem compreender desde o uso de cogumelos, até fungos microscópicos, como os endofíticos e os encontrados no solo [17][18][19]. Na Amazônia brasileira, região norte do país, os estudos ainda são incipientes e os esforços em desvendar metabólitos produzidos por espécies fúngicas são necessários, especialmente em ambientes aquáticos, principalmente os de água doce [20,21], para os quais a literatura ainda é rara.…”