O setor de celulose e papel tem notável destaque na economia brasileira, contribuindo significativamente com a balança comercial, geração de empregos e investimentos. Atualmente o setor utiliza basicamente a madeira de dois gêneros para produção de polpa para os segmentos de fibra curta e fibra longa, o Eucalyptus e o Pinus, respectivamente. Entretanto, é fundamental estudar novas matérias-primas, que possam surgir como alternativa a estas já consolidadas. Neste sentido, tem-se por objetivo avaliar as propriedades da madeira de Liquidambar styraciflua para produção de polpa celulósica e papel. Para isso, foram utilizadas cinco árvores, com 7 anos de idade, das quais extraíram-se discos ao longo do fuste para avaliação da densidade básica, composição química e morfologia das fibras da madeira. Os valores de densidade básica média e ponderada obtidos para a madeira de L. styraciflua foram de 0,482 e 0,484 g/cm³, respectivamente, o que permitiu classifica-la como de média densidade, valor próximo ao de outras espécies de folhosas utilizadas para produção de celulose. Em relação à composição química foram observados baixos teores de cinzas (0,29%) e lignina (24,71%), e altos teores de holocelulose (70,88%) e extrativos (4,40%). Quanto à caracterização morfológica das fibras observaram-se os valores médios de comprimento de 1,82 mm, largura de 27,84 μm, diâmetro do lúmen de 16,10 μm e espessura da parede de 5,87 μm. Além disso, foram obtidos os valores médios de 42,60%, 57,40%, 0,77 e 65,22 para os parâmetros de fração parede, coeficiente de flexibilidade, índice de Runkel e índice de enfeltramento, respectivamente. De maneira geral, com base nas características físico-químico-anatômicas obtidas para a madeira de L. styraciflua, conclui-se que a mesma apresenta aptidão para a produção de polpa celulósica e papel.