“…A educação popular em saúde vai além de um discurso acadêmico pré-determinadooutro, transformando-o e instigando-o a ressignificar sua prática para além de normas e rotinas prescritas(MACHADO et al, 2015; JÚNIOR et al, 2018).Um exemplo de ação educativa em saúde transformadora com amplo alcance é o uso do recurso local e saberes populares trazidos sobre o cravo da índia: uma especiaria famosa na culinária e medicina popular, que possui propriedades terapêuticas ainda pouco conhecidas, apesar de popularmente utilizada no tratamento de muitas doenças(PALMEIRA et al, 2020).Segundo estudos, entre suas aplicações terapêuticas, o cravo da índia possui o β-cariofileno, um componente fagorrepelente, que bloqueia a liberação de moléculas de odores produzidas na pele humana e flora bacteriana, e assim impede a captura destas moléculas pelos receptores olfativos dos mosquitos, reduzindo a atração do inseto a se alimentar do que o usa. Há comprovação científica da ação repelente do cravo da índia contra insetos de diversas espécies inclusive o Aedes Aegypti, causador de doenças como dengue, chikugunya e zika que tem colocado a saúde pública em alerta(AFFONSO et al, 2012;ARAÚJO et al, 2016;PALMEIRA et al, 2020). O pelo Ministério da Saúde de combate aos vetores nos domicílios, eliminando os possíveis criadouros, bem como o uso de roupas que reduzam a exposição da pele aos mosquitos principalmente as gestantes, e o uso de mosquiteiros, ainda são as medidas mais adequadas(DONALISIO; ZUBEN, 2017; HELLER, 2020).…”