Atualmente, diversas indústrias, como mineradoras, galvanoplásticas, curtumes, manufaturas de produtos eletrônicos, entre outras, lançam efluentes contendo metais pesados nos corpos d’água, contaminando-os. Outro fator que contribui para a contaminação das águas são os pesticidas e fertilizantes lançados no solo, que acabam sendo arrastados pelas chuvas até os rios e lagos. A água potável, um recurso básico e indispensável à vida, acaba por ser minimizada por conta do despejo industrial que contém metais pesados como o cromo, o chumbo e o cádmio. A busca por novas opções de tratamento a esses rejeitos torna-se cada vez mais constante e a utilização da moringa oleífera, uma planta de origem indiana que pode ser utilizada como biossorvente, se destaca por suas propriedades coagulantes e floculantes, e por ser um material orgânico de fácil manuseio. O presente trabalho possui por objetivo avaliar o potencial de adsorção de cromo (VI) através da semente da moringa oleífera. Para isso, as sementes foram avaliadas após extração por solvente a quente por Soxhlet, com n-hexano e seca em estufa por 24 horas a 60°C, metodologia proposta por Costa et al. (2013). Foram preparadas soluções de K2Cr2O7 de concentração 0,01 mol.L-1. As soluções foram mantidas sob agitação magnética por 24 horas com 0,5 g do material adsorvente, foram filtradas e analisadas por espectrofotometria de UV/VIS, metodologia adaptada de Tavares et al. (2015). O teor médio de lipídios encontrado no pó da semente, semente e casca foi de 30,2%, 26,7% e 4,7%, respectivamente, já o teor médio de umidade foi de 7,1%, 6,0% e 6,8%. Com base no resultado de adsorção, o pó da semente demonstrou potencial para a remoção de 43% de cromo (VI), enquanto a semente triturada apresentou potencial de remoção de 7,4% e a casca 12,6%.Incluir o resumo.