O uso indiscriminado de medicamentos em animais por seus tutores é uma problemática no dia a dia do clínico veterinário, podendo acarretar diversos riscos à saúde do animal como a intoxicação logo após a administração, quanto a problemas crônicos. O presente estudo objetivou analisar por meio de um questionário online aberto ao público o percentual de tutores na cidade de Aracaju, Sergipe e regiões metropolitanas que já medicaram seus animais sem a orientação de um médico veterinário, qual o perfil deste tutor e quais os medicamentos mais utilizados por eles. Os dados da pesquisa totalizaram 228 inquéritos. Quanto à cidade onde residem os respondentes destacou-se Aracaju, Sergipe com um total de 87,3%. Com relação ao grau de instrução, 49,4% dos entrevistados possuíam nível superior incompleto. Quando indagados sobre o uso de medicações sem orientação de um médico veterinário 51,3 % afirmaram ter feito o uso. Quanto à renda familiar dos entrevistados, destacou-se a classe que ganha abaixo de 1.045,00, que representou 25,8% dos respondentes. Com relação às espécies, os cães foram predominantes com um total de 62,7%. Em relação às classes terapêuticas dos medicamentos, 69,4% foram analgésicos, 49,5% antibióticos e 28,8% anti-inflamatórios não esteroidais. Dado o exposto, podemos concluir que a maioria das pessoas fazem ou já fizeram o uso de medicamentos em seus animais sem uma consulta prévia com o veterinário e a classe farmacológica mais usada foi o analgésico.