O lançamento de efluentes da piscicultura contendo o hormônio sintético 17α-metiltestosterona, amplamente empregado na masculinização dos alevinos, evidencia a necessidade de adequar técnicas de tratamento de efluentes para sua remoção ou imobilização na mitigação de possíveis impactos ambientais. Com o intuito de investigar um tratamento adequado e acessível para o efluente contendo o hormônio 17α-metiltestosterona, assim como utilizar material alternativo descartado de processos industriais, foram montados quatro protótipos de wetlands construídos contendo como substrato areia de filtro de piscina ou o resíduo de filtro de cervejaria terra diatomácea, realizando-se análises de UV/VIS, pH, condutividade elétrica, turbidez, DBO5 e DQO, verificando o desenvolvimento vegetal, retenção do hormônio, hidrodinâmica do sistema, a caracterização do resíduo de terra diatomácea e análises de MEV e EDS de amostra da terra diatomácea in natura e a granulometria da areia, sendo empregados dois tipos de processos de tratamento: batelada e em fluxo contínuo. O sistema contendo o resíduo terra diatomácea favoreceu o desenvolvimento vegetal e todos os parâmetros aferidos ficaram de acordo com a legislação vigente e não houve presença detectada do hormônio a jusante do sistema proposto.