Avaliação dos efeitos miorelaxante, antiespasmódico e antinociceptivo do extrato aquoso da Phoradendron piperoides (Kunt.) Trel. (Viscaceae)

Abstract

RESUMO:Foram investigados os efeitos miorelaxante, antiespasmódico e antinociceptivo do extrato aquoso liofi lizado das folhas da Phoradendron piperoides. A toxicidade aguda também foi avaliada. No íleo isolado de cobaio, o extrato aquoso da P. piperoides (0,05 -2,0 mg/mL) produziu relaxamento de forma concentração-dependente (IC 50 = 0,114 mg/mL) e, na concentração de 1,5 mg/mL, reduziu a amplitude das contrações induzidas por carbacol (2 μM), histamina (2 μM) e BaCl 2 (0,03 M) em 46,6; 38,6 e 55,3% (p < 0,001), respectivamente. Em camundongos, o extrato aquoso liofi lizado (100-400 mg/kg) não reduziu de forma signifi cativa as contorções abdominais induzidas por ácido acético, não modifi cou o tempo de reação dos animais no teste da formalina e não aumentou o tempo de latência ao calor no teste da placa quente. No ensaio de toxicidade aguda utilizado, não foi detectada a morte de nenhum animal após tratamento com doses de até 5 g/kg (p.o.) do extrato. Em conclusão, os resultados obtidos indicam que o extrato aquoso da P. piperoides apresenta efeito antiespasmódico e baixa toxicidade aguda. O extrato, no entanto, não possui efeito antinociceptivo. Unitermos:Phoradendron piperoides, Viscaceae, antinociceptivo, antiespasmódico, miorelaxante, toxicidade.ABSTRACT: "Investigation on miorelaxant, antispasmodic and analgesic effects of the aqueous extract of Phoradendron piperoides". The present work evaluated the antinociceptive, miorelaxant and antispasmodic effects as well as the acute toxicity of the aqueous extract from leaves of Phoradendron piperoides. In guinea pig ileum, the plant extract (0.05 -2.0 mg/kg) decreased the preparations basal tone in a dose-dependent manner (IC 50 = 0.114 mg/mL) and it (1.5 mg/mL) reduced (p < 0.001) the contractions induced by carbachol (2 μM), histamine (2 μM) and BaCl 2 (0.03M). The extract, at oral doses of 100, 200, and 400 mg/kg, did not manifest a signifi cant antinociceptive effect in the writhing, formalin and hot-plate tests. Moreover, no animal deaths were observed in doses up to 5 g/kg. In conclusion, the aqueous extract of Phoradendron piperoides showed no antinociceptive effect and no acute toxicity in mice. Indeed, it revealed miorelaxant and antispasmodic activities that are probably miogenic and not specifi c for neurotransmitters.

Determining the genotoxicity of an aqueous infusion of Bauhinia monandra leaves

“…Neither citotoxicity nor mutagenicity was observed suggesting that B. monandra infusion is not able to induce mutagenic lesion in a cell free system. Studies assess the toxic action of plant extracts through various tests (Silva et al, 2006;Vasconcelos et al, 2007;Dias et al, 2007, within which the test is Allium cepa, which is a plant species commonly used to evaluate genotoxicity of chemical and environmental products (Smaka-Kincl et al, 1996;Moreira et al, 2002;Jos et al, 2005;Bagatini et al, 2007;Fachinetto et al, 2007) through the presence of micronuclei (MN), what derived from whole chromosomes or acentric fragments not incorporated into the nucleus during cell division. The chromosome fragments can result from clastogenic effects caused by chemical substances or aneugenic effects where chromosome is lost from mitotic spindles (Yi and Meng, 2003).…”

Potencial bioativo de ervas-de-passarinho: Efeito do extrato aquoso de folhas de Phoradendron piperoides (Kunt.) Trel. (Santalaceae) na mitose

“…Os resultados dos efeitos mitóticos do extrato EAFPp estão na Tabela 1. (Dias et al, 2007); interferência no trânsito intestinal (Marçal, Almeida & Carvalho, 2007) e na atividade da acetilcolinesterase, induzidos por compostos presentes em extratos vegetais, inibindo-a moderadamente (Mota et al, 2012). Efeitos na mitose em raízes de A. cepa foram constatados por diferentes autores (Bezerra & Oliveira, 2016;Bastos et al, 2017;Akwu et al, 2019;Rieder et al, 2019).…”

“…Há vários estudos que abordam propriedades e bioatividades proporcionadas por extratos da espécie Phoradendron piperoides, os quais revelam: -efeitos miorelaxantes, antiespasmódicos e, baixa toxicidade aguda do extrato aquoso foliar, sem efeito antinociceptivo em animais cobaias-camundongos (Dias et al, 2007); -atividades antinociceptiva, anti-inflamatória e antioxidante produzidas pelo extrato metanólico, o que requer a identificação e o isolamento dos componentes bioativos (Vasconcellos et al, 2009); -indícios de efeitos antidiabéticos de componentes encontrados na planta (Rostron, 2014;Rodriguez et al, 2008); -efeito inibitório de 40% da atividade da acetilcolinesterase (AChE) apenas do extrato aquoso foliar e, sem este efeito, sobre a enzima, do extrato etanólico (Mota et al, 2012); -altos potencias antioxidantes (> 75%) nas composições polares (extrato metanólico bruto, fração acetato de etila e partição metanólica) (Vasconcellos et al, 2009);atividade antimicrobiana do extrato diclorometado da planta inteira, mas inibindo em menos de 50% o crescimento de Mycobacterium tuberculosis em cultura radiométrica (Graham et al, 2003).…”

“…A P. piperoides está na lista de plantas medicinais usadas em Trinidad e Tobago (Barclay, 2012), Peru (Rojas, Caviedes, Lock & Gilman, 2006), Porto Rico (Ashworth, 2000), Argentina (Maiocchi, Petenatti & Delvitto, 2019), Brasil (Dias et al, 2007;Rieder et al, 2015;. É usada como anti-inflamatória, analgésica, para distúrbios gastrointestinais, respiratórios, tratamento de tumores (Guimarães, 2006;Vasconcellos et al, 2009).…”

“…É usada como anti-inflamatória, analgésica, para distúrbios gastrointestinais, respiratórios, tratamento de tumores (Guimarães, 2006;Vasconcellos et al, 2009). No Estado de Sergipe (Brasil) a infusão de suas folhas é utilizada no combate à dor e como antibiótico e abortiva (Dias et al, 2007). Guimarães (2006) e Rieder et al (2015) mencionam que a espécie é também aplicada popularmente na terapia do câncer.…”