Quantificar o lodo produzido em estações de tratamento de água (ETAs) é uma etapa fundamental para saber o quanto deste resíduo é lançado indevidamente nos mananciais e para planejar sua disposição final adequada. Este artigo aborda a comparação entre três métodos empíricos para estimativa de quantidade de lodo gerado em duas ETAs com diferente consumo de produtos químicos no tratamento de água para o município aracajuano. A pesquisa foi realizada de modo a verificar se houve diferenças nos resultados entre os anos de 2016 a 2019, comparar as estimativas de produção para cada ETA e analisar a influência das variações dos parâmetros qualitativos da água bruta e da adição de produtos químicos. Como resultados, o estudo demonstrou que, de acordo com as estimativas, não houve diferenças significativas de produção de lodo entre os anos. Segundo análise estatística realizada, entre os valores obtidos pelas três diferentes equações, os resultados indicam que, para as ETAs em estudo, ocorreram mais diferenças do que semelhanças, ao nível de significância de 95%, entre a produção de sólidos. Verificou-se que equações empíricas que consideram maior quantidade de variáveis são as mais apropriadas para ETAs onde o tratamento é mais complexo, enquanto que equações mais simples podem se adequar a ETAs que utilizam poucos produtos químicos.