Objetivo: analisar os fatores associados à assistência pré-natal com o tipo de parto na rede suplementar de saúde. Método: estudo epidemiológico, transversal conduzido por análise secundária de parte dos dados da pesquisa “Nascer Saudável: estudo prospectivo de avaliação da implantação e efeitos de intervenção multifacetada para melhoria da qualidade da atenção ao parto e nascimento em hospitais no Brasil”. Foram incluídas 2 435 mulheres, admitidas em cinco maternidades das cidades de São Paulo e Santos mediante entrevistas no período pós-parto, consultas em prontuários e cartão de pré-natal. Os dados foram analisados descritivamente. Foi utilizado teste qui-quadrado e exato de Fisher para associação entre variáveis e para comparação de médias entre grupos o teste t Student. Resultado: o pré-natal, para a maioria das gestantes (44,6%), foi realizado em consultório particular seguido de ambulatório do plano de saúde (38,3%). A predominância dos atendimentos às gestantes foi feita pelo médico (92,5%). O desfecho do parto, majoritariamente cesariana (76,6%), seguido de 23,4% de partos vaginais. Conclusão: puérperas que realizaram o pré-natal no consultório particular com financiamento privado do parto tiveram maior chance de parto cesárea. A participação conjunta da enfermeira obstetra com o médico mostrou leve tendência a impactar na via de parto vaginal.