Objetivo: Verificar o perfil de estilo de vida e a prevalência de Síndrome de Burnout em estudantes da área da saúde de uma universidade, durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, do tipo descritivo e transversal, com 272 universitários da área da saúde. Como instrumentos de coleta de dados, utilizamos o questionário de Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI), o Inventário de Burnout de Maslach e questionário sociodemográfico. Resultados e discussão: Notou-se uma maior proporção para a classificação “positiva” nos componentes atividade física, comportamentos preventivos, relacionamento social e controle do estresse, assim como a classificação “intermediária” para o componente nutrição. No resultado geral do perfil de estilo de vida individual, os estudantes foram classificados como “intermediários” (44,1%), seguida de “positivos” (41,5%) e “negativos” (14,3%). Nas dimensões de Burnout, prevaleceram os estudantes com nível baixo em “exaustão emocional” (51,8%), nível alto em “descrença” (55,9%) e nível baixo em “realização profissional” (100%). A relação entre a ocorrência de Burnout e o perfil de estilo de vida apontou a presença de Burnout (n=14), prevalente no perfil “intermediário” (42,9%). Considerações finais: O estudo revela a necessidade de um maior investimento na prevenção e sensibilização da comunidade acadêmica para a adoção de um estilo de vida saudável. Sugere-se a realização de estudos mais abrangentes a respeito do tema, que sirvam como evidências para elaboração de medidas intervencionistas, tanto no âmbito acadêmico quanto nas políticas públicas para a promoção da saúde dos universitários.