Este trabalho tem como objetivo avaliar os indicadores de energia e emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia produtiva da gasolina e do óleo diesel mineral no Brasil, com uso do modelo de insumo-produto monetário e híbrido, de modo a realizar, também, uma comparação entre os seus resultados. O ano base utilizado foi de 2009, ano mais recente possível de estimar a matriz de insumo-produto a partir dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os modelos (monetário e híbrido) contêm 25 setores e 114 produtos; a técnica permite que sejam computados todos os efeitos diretos e indiretos envolvidos na cadeia produtiva dos setores avaliados. A base de dados usada consistiu, basicamente, nas tabelas de recursos e usos do IBGE (relativas ao ano de 2009), bem como na matriz consolidada relativa aos setores e produtos energéticos (também de 2009) do Balanço Energético Nacional (BEN), divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os resultados obtidos com os dois modelos foram muito próximos, tanto para a gasolina quanto para o óleo diesel; em geral, os efeitos indiretos capturados no modelo híbrido foram um pouco maiores dado o maior encadeamento entre os setores energéticos quando as transações setorias entre estas atividades são computadas em unidades físicas. Com o uso do modelo híbrido, os principais resultados obtidos são de 1,201 ktep e 1,202 ktep de energia incorporados em cada 1 ktep de gasolina e óleo diesel, respectivamente; com relação às emissões de GEE, os indicadores encontrados são de 75,32 gCO 2 eq/MJ para a gasolina e 86,91 gCO 2 eq/MJ para o óleo diesel.Palavras Chave: análise de insumo-produto, combustíveis fósseis, indicadores de energia, emissões de gases de efeito estufa, refino do petróleo.