No Brasil, os crimes sexuais são muito frequentes. A devida coleta, acondicionamento, transporte e processamento de amostras biológicas é importante para o prosseguimento da investigação e solucionamento de casos. A formulação de leis específicas e a implementação dos bancos de perfis genéticos, fizeram com que perfis oriundos de amostras biológicas fossem submetidos aos bancos genéticos para realizar confrontos genéticos. Neste contexto, o objetivo deste artigo consistiu em analisar amostras de DNA provenientes de crimes sexuais, atendidos pelo Laboratório Forense da Polícia Científica do Amapá (PCA-AP), armazenadas entre os anos de 2008 e 2021, avaliando a qualidade dessas amostras. Um total de 876 amostras foram processadas, o qual compreenderam amostras coletadas da região vaginal, vulvar, anal, oral, dentre outras. Desse total, 229 amostras (26,14%) apresentaram DNA degradado, sendo o ano de 2008, o ano com maior percentual de amostras degradadas, em relação ao total de amostras armazenadas para cada ano, com 61,54%, e o ano de 2014 com o menor percentual, correspondendo a 10,91%. Das amostras processadas, 299 (34,13%) corresponderam a misturas de perfis genéticos, sendo o ano de 2021 o que apresentou o maior percentual de mistura de DNA, com 55,88%, e o ano de 2008, com a menor porcentagem de mistura de DNA (25,00%). Um total de 332 amostras (37,90%) tiveram seus perfis genéticos depositados no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), sendo o ano de 2016 com maior porcentagem de perfis depositados (64,63%). Perfis genéticos depositados no BNPG podem ajudar na resolução e investigação de crimes sexuais e de outras vertentes, contribuindo assim para a redução de crimes.