Objetivo: Comparar as características da alimentação complementar de lactentes cujas mães referiram praticar o baby-led weaning com aquelas que relataram utilização da abordagem tradicional. Métodos: Estudo quantitativo descritivo com entrevistas online de mães de bebês de 1 a 2 anos, convidadas via redes sociais a preencherem formulário contendo dados socioeconômicos, de aleitamento materno e relativos à alimentação complementar. As diferenças entre os grupos foi verificada por meio dos teste t ou do qui-quadrado. Resultados: Foram identificadas 208 entrevistadas (57,9%) que relataram usar a abordagem tradicional e 151 (42,1%), o baby-led weaning. Dos bebês em baby-led weaning, 84,1% mantinham-se em aleitamento materno, contra 56,2% em abordagem tradicional, e foram menos expostos a fórmulas, espessantes, mamadeiras e chupetas (p<0,05). Quanto à alimentação complementar, 7,3% do grupo baby-led weaning iniciou antes dos 6 meses, comparados aos 23,1% do grupo abordagem tradicional (p<0,05). Observaram-se diferenças estatisticamente significantes para a idade de introdução da maioria dos grupos de alimentos, para utilização de produtos ultraprocessados, sucos, açúcar e sal. Aqueles em baby-led weaning chegaram, significativamente, aos 12 meses com diferenças quanto a compartilhar a comida da família (71,5% vs 11,5%), sentar-se adequadamente à mesa (89,4% vs 66,8%) e utilizando a consistência adequada dos alimentos (74,2% vs 62,0%). Conclusão: No presente estudo, lactentes cujas mães relataram realizar o baby-led weaning caracterizaram-se pela introdução de alimentos atendendo às recomendações nacionais comparados àqueles que foram expostos à abordagem tradicional.