O objetivo desse estudo foi analisar a postura dos adolescentes e jovens adultos do Ensino Médio, identificando desvios posturais, desequilíbrios musculoesqueléticos e incidência de dor e realizar um levantamento crítico a respeito dos possíveis reflexos corporais instalados durante a adolescência, juntamente com os comportamentos de movimentos e sedentários. Trata-se de um estudo de caso de recorte transversal e de caráter quali-quantitativo, que utilizou uma amostra de 40 discentes de ambos os sexos com idade entre 15 e 20 anos (±16,25). Foram utilizados um questionário semiestruturado, Índice de Incapacidade Oswestry e Teste de Adams. Os resultados sobre o levantamento do padrão de comportamento mostraram que 57,5% dos alunos não praticavam atividade física regular, porém 52,5% participavam das aulas de Educação Física escolar, 62,5% caminhavam durante o deslocamento, porém intercalavam com o transporte de ônibus, 62,5% permaneciam em comportamento sedentário durante o lazer e apenas 32,5% praticavam algum esporte. O transporte do material escolar era através da utilização de mochila com as duas alças às costas. 82,5% dos alunos sentiram dor ao longo da vida, a lombar foi o local mais relatado pela amostra, 52,5%. O índice classificou 96,8% dos sujeitos com incapacidade mínima. A avaliação postural demonstrou hipercifose torácica (80%), hiperlordose lombar (30%), escoliose postural (47,5%), gibosidade acentuada em um dos lados (52,5%), protusão de um ou ambos os ombros (70%), desequilíbrio muscular (90%) e má postura (97,5%). Conclui-se que foi detectada uma incidência notável de disfunções posturais entre os alunos examinados, ressaltando particularmente o desequilíbrio muscular significativo, má postura, o início de hipercifose torácica e a grande incidência de dor nas costas.