Quedas são comuns entre a população idosa, consideradas como questão de saúde pública, responsáveis por alto grau de morbidade e mortalidade. Isso evidencia a realização de estudos teóricos que qualifiquem o entendimento sobre a relação entre queda e seus fatores de risco; a fisiopatologia dos distúrbios do equilíbrio e da marcha; e a identificação precoce da "queda idiopática" (sem causa evidente). Assim, com base na literatura especializada, o presente estudo apresenta uma visão geral sobre o papel dos sistemas sensoriais responsáveis pela regulação do controle postural, evidenciando as principais estratégias utilizadas por idosos para a manutenção do controle postural e os benefícios proporcionados pela prática regular do exercício físico para a prevenção de quedas de idosos. Como resultado, é apresentado um modelo ilustrativo sobre a sequência de estratégias utilizadas por idosos para reestabelecer a posição ereta em diferentes fases de perturbação postural. Conclui-se que o baixo desempenho da atenção, da memória e de funções executivas eleva a instabilidade postural e reduz a velocidade da marcha, aumentando o risco de quedas. Nesse contexto, a prática regular de exercícios físicos é capaz de reduzir significativamente a taxa de queda de idosos. Aconselham-se a prática de exercícios programados, que agreguem tarefas cognitivas com grau de desafio da instabilidade de moderado a alto, e a prática semanal de duas a três horas. PALAVRAS-CHAVE: acidentes por quedas; equilíbrio postural; cognição; envelhecimento.