“…3 De modo geral, o tratamento de qualquer doença crônica não transmissível representa profundo desafio para os pacientes, família e profissionais de saúde, principalmente enfermeiros, sobretudo porque o desaparecimento de sintomas, logo no seu início, induz a pessoa adoecida a acreditar que a doença foi curada. 4 A adesão ao tratamento da HAS não se restringe apenas à esfera física e à terapia farmacológica, também estão implícitas a experiência de vida e a subjetividade no processo de adoecer e de cuidar de si. Assim, as principais dificuldades de adesão ao tratamento se relacionam à desconfiança quanto à composição do fár-maco, à desvalorização da alopatia, à toxicidade causada pela medicação, às dificuldades de acesso e vínculo frágil com o sistema de saúde, às condições econômicas, aos efeitos indesejáveis das medicações hipotensoras que interferem no cotidiano, o esquecimento para tomar a medicação, etilismo, analfabetismo e a descrença quanto à cronicidade da HAS.…”