Barreiras impostas na relação entre puérperas e recém-nascidos no cenário da pandemia do COVID-19

Abstract

Um novo vírus denominado Sars-CoV-2, ou COVID-19, surgiu no final do ano de 2019 e causou diversas modificações em todo o mundo. Diante disso, os países estabeleceram medidas preventivas contra essa pandemia, tais quais o isolamento social, uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e cuidado com indivíduos enquadrados nos chamados grupos de risco, como idosos, hipertensos, doentes crônicos e recentemente, as gestantes e puérperas foram inclusas. Para as puérperas, a amamentação é um momento primordial, que, além de um momento de alimentação natural, é uma oportunidade de fortalecer o vínculo mãe-bebê. Visando uma atenção mais cautelosa para uma possível transmissão de COVID-19 durante a amamentação, as medidas preventivas para esse ato podem dificultar esse binômio e trazer prejuízos para ambos.

O impacto na assistência à COVID-19 no ciclo gravídico-puerperal

“…Partos de mulheres infectadas por SARS-CoV-2 devem ser realizados em maternidades de nível terciário de atenção, de modo a promover e prever a segurança do binômio caso apareçam complicações 20 . SARS-CoV-2 pode limitar o crescimento uterino, o que pode resultar em aborto espontâneo, prematuridade, necessidade de suporte ventilatório à mãe e/ou ao RN ou até mesmo internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 26 .…”

“…O aleitamento materno é uma das principais formas de se estabelecer o vínculo mãe-RN através do afeto e do carinho logo após o nascimento 26 . Além disso, o ambiente também favorece esse vínculo, mas no atual contexto social a ansiedade e o medo por parte da mãe interferem significativamente nessa formação, trazendo impactos na saúde de ambos 26 .…”

“…O distanciamento social é uma forma para mitigar a disseminação viral. Foi então necessário estabelecer orientações hospitalares de modo a facilitar o vínculo de mãe com suspeita ou confirmação de COVID-19 com RN a termo no alojamento conjunto 26 . Ao ser descartada a possibilidade do coronavírus ser transmitido via leite materno, houve a priorização de que mãe e RN não sejam separados pois isso pode interferir no vínculo mãe-filho 25,26 .…”

Revisão Integrativa: Conduta De Amamentação Durante O Período De Pandemia De Sars-Cov-2

“…Dessa maneira, é aconselhado evitar a contaminação do bebê com o uso de máscaras de pano e lavagem das mãos, pois a interação de amamentação e criação de vínculo no binômio mãe-feto devem continuar a ser contribuídos, conforme as recomendações de organizações de saúde (PAZ et al, 2021).…”

Relação entre o aleitamento materno e a COVID-19: Evidenciando possíveis riscos de contaminação / Relationship between breastfeeding and COVID-19: Highlighting possible contamination risks

“…Esse julgamento deve estar baseado nas literaturas disponíveis até o momento e na avaliação dos riscos e benefícios para ambos a fim de realizar uma escolha fundamentada e respaldada em evidências e adequada ao contexto da puérpera (CALIL; KREBS; DE CARVALHO, 2020).O estabelecimento do vínculo mãe e filho pode ser afetado não só pela separação entre eles, mas também pelo fato do contexto social vigente. O ambiente proporcionador de maiores medos e inseguranças dessa mãe influencia na construção da relação desse binômio e pode interferir na saúde de ambos de maneira negativa(DA PAZ et al, 2021).Na tentativa de mitigar esses efeitos maléficos por não amamentar, algumas ações como o incentivo a amamentação desde o acompanhamento pré-natal, evidenciando os benefícios e propriedades do leite materno são benéficas. Devido a isso, é possível aumentar a visibilidade sobre o papel transformador do AM(DANTAS et al, 2020).…”