Barreiras para a gestão de riscos em empresas projetistas

Abstract

Devido à grande quantidade de agentes envolvidos e a diversidade e complexidade das atividades, a gestão de riscos é fundamental para o alcance dos objetivos de empreendimentos da construção civil. Apesar do papel relevante das empresas projetistas nesse processo, sua atuação e nível de profundidade na aplicação de técnicas de gestão de riscos são menores em relação a outros agentes do setor. Este trabalho abordou as barreiras organizacionais e estruturais para a não implementação da gestão de riscos por empresas projetistas, bem como as consequências desse panorama sobre a competividade e eficiência do setor da construção civil como um todo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre temas relacionados com a gestão de riscos, explorando-se as causas, efeitos e estratégias para superar as barreiras identificadas. Destacaram-se: no plano setorial, a pulverização do mercado, a demanda altamente variável, a pouca integração projeto-obra e a desvalorização do “produto-projeto”; no plano organizacional, a limitação de recursos, informalidade da gestão e o ambiente interno desfavorável para a inovação e melhoria de qualidade. Por fim, foram indicadas possíveis estratégias para superar as barreiras em questão, incluindo mudanças nos níveis organizacional e setorial, com reflexos sobre toda a cadeia produtiva.

Risk management in civil construction: the contractor's perceptions

“…Probing this analysis, the projects' technical management generally occurs according to a physical-financial schedule. This, in its turn, is elaborated based on information available regarding the estimated cost for materials and labor, deadline, and project design (which determines the construction standard) as stated by Conterato (2018), Roghanian et al (2018), and Regis and Cardoso (2021). As these authors claim, this practice was found to be universally applied by participants in this study.…”

“…At CCI, it is common for management deliberations and the administration of small and medium-sized companies to remain centralized in a single person, usually the contractor (also a company's owner or partner) (Magalhães et al, 2018), a habit that results in slowness and incompleteness of processes (Behling & Lenzi, 2019). This leadership profile outcome in general management, specifically for RM, is based on a vicious cycle of subjective analysis focused on an imprecise physical-financial project schedule (Conterato, 2018;Roghanian, Alipour, & Rezaei, 2018;Regis & Cardoso, 2021).…”

“…It occurs, essentially, due to the CCI manager's perception that the use of intuition and experience in decision-making is enough, reflecting a possible inability or disinterest on their part to transform theoretical administrative procedures into practice, which, when existent, are purely symbolic (Ekung et al, 2020;Kumar e Narayanan, 2020;Senthil & Muthukannan, 2021;Regis & Cardoso, 2021). Another critical point is that risk decisions are based on incomplete data, directly influencing the performance of the project and the company (Sá, 2016).…”