O objetivo do estudo foi avaliar as barreiras para a adoção do programa de mudança de comportamento Vida Ativa melhorando a Saúde (PMC-VAMOS), versão 3.0, na Atenção Primária à Saúde (APS) do estado de Santa Catarina. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com 33 profissionais da saúde (PS) que não adotaram o PMC-VAMOS 3.0. Os PS responderam 25 questões por meio eletrônico (Google Forms). Para organizar e interpretar os resultados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo descritiva com auxílio do software QSR Nvivo® 12.0. Os dados foram categorizados com base no modelo CFIR (Consolidated Framework for Implementation Research = Quadro Conceitual Consolidado para Pesquisa de Implementação) que descreve cinco domínios: características da intervenção, cenário externo, cenário interno, características individuais e processo de implementação. Os resultados apresentaram barreiras para não adoção do PMC-VAMOS em quatro domínios do CFIR: cenário externo (baixo interesse da população); cenário interno (tempo/horário compatível, estrutura física, rotatividade profissional, sobrecarga de trabalho e logística de trabalho); características individuais (insegurança, crença de não perfil para implementar o programa; crença de que o programa era inadequado ao setor saúde); e, processo (falta de apoio da gestão/equipe, ações semelhantes nas unidades de saúde e dificuldade na divulgação). Concluiu-se as barreiras percebidas pelos PS para não adotar o PMC-VAMOS 3.0 estavam relacionados a estrutura da organização, planejamento do trabalho, definição de funções e atuação da equipe.
Palavras-chave: Adoção. Atenção Primária à Saúde. Barreiras. Ciência da Implementação. Promoção da Saúde.