A água é imprescindível à biodiversidade sendo um recurso natural de grande de relevância em regiões semiáridas como o Nordeste do Brasil. Com isso, é de suma importância o conhecimento da fauna de insetos aquáticos desses ambientes, pois eles podem ser importantes bioindicadores da qualidade da água e do ambiente ao seu entorno. Baseado nisso, o objetivo desse trabalho foi realizar uma análise faunística a partir dos hexápodes presentes em nove nascentes na Chapada do Araripe. Água, restos de vegetação como folhas e pequenos galhos, cascalhos e detritos, foram coletados do interior de cada nascente. Todo material coletado foi lavado em uma peneira com malha de 0,25mm e acondicionado em um recipiente de 80 mL com álcool a 70% e os invertebrados foram extraídos do substrato por meio do método Kero-float (flotação de querosene). A fauna encontrada foi caracterizada em nível taxonômico de famílias, calculando-se os índices de abundância, abundância relativa, frequência e riqueza. A ordem Diptera, foi a mais abundante em todas as nascentes com 2.677 indivíduos, sendo que desse total 2.497 foram representadas principalmente pela família Chironomidae. As nascentes Valentim de Cima, Saquinho I e Saco possuíram as maiores abundâncias, com 737, 666 e 620 chironomídeos, respectivamente. As famílias menos abundantes com apenas um indivíduo foram: Empididae, Gyrinidae, Haliplidae, Hebridae e Naucoridae. A família Chironomidae foi a mais frequente em todas as nascentes, seguido de Baetidae, Ceratopogonidae, Perlidae e Veliidae. As menos frequentes foram: Carabidae, Curculionidae, Dryopidae, Dytiscidae, Elmidae, Empididae, Gerridae, Glossomatidae, Gyrinidae, Haliplidae, Hebridae, Helicopsychidae, Naucoridae, Simulidae e Tipulidae. Com esse estudo, demonstramos que há uma diversidade de famílias de hexápodes nos mananciais avaliados, sendo que esses organismos podem ser utilizados em futuros estudos sobre a qualidade da água dessas nascentes.