Objetivo: analisar as variáveis que repercutem na piora da qualidade de vida e no aumento da sobrecarga entre cuidadores familiares de idosos dependentes assistidos por um serviço de atenção domiciliar público. Metodologia: estudo transversal, quantitativo, realizado com 143 cuidadores familiares de idosos, entre setembro de 2017 e agosto de 2019. A coleta e análise dos dados ocorreu por meio de questionário sociodemográfico, econômico e clínico, e das escalas Zarit Burden Interview (sobrecarga) e World Health Organization Quality of Life-BREF (qualidade de vida). Realizou-se análise descritiva, bem como de comparação. Resultados: A maioria eram mulheres (87,4%), com sobrecarga moderada (41,8%) ou de moderada a severa (35,0%), qualidade de vida mediana, doentes (68,5%), com dores frequentes (52,4%), que utilizavam medicações contínuas (61,5%), inclusive analgésicos (55,2%) e ansiolíticos /antidepressivos (25,2%), com problemas de sono (76,9%), deambulação (37,8%) e financeiros (35,7%), que não realizavam atividades físicas (81,8%) e de lazer (76,9%) e possuíam pouco apoio social. Nos testes de comparação foi evidenciado como essas variáveis repercutiram na diminuição da qualidade de vida física, emocional, social e ambiental, e no aumento da sobrecarga. Conclusão: É imprescindível um olhar atento às necessidades físicas, psicológicas, sociais e ambientais dos cuidadores familiares, para traçar estratégias que visem o envolvimento dos demais membros da família, sociedade, serviços de saúde e poder público para inclusão dos cuidadores familiares no plano de cuidados.