Bilan de cinq ans de stimulation cardiaque dans deux structures hospitalières publiques du Burkina Faso : expérience d’une collaboration avec deux centres hospitaliers d’Auvergne

Caracterização clínico-epidemiológica dos pacientes submetidos a implantação de dispositivos eletrônicos cardíacos em um hospital terciário privado Angolano

“…Esses dados coincidem com os resultados de estudos realizados na Nigéria e Burkina Faso no período de 5 anos, onde o sexo masculino foi o mais prevalente e a idade média variou entre 68-69 anos [11,12], mostrando que esse gênero vem sendo cada vez mais acometido por distúrbios de ritmo. Chama a atenção ainda que houve um predomínio de mulheres acima de 80 anos, com manifestações tardias em relação aos homens, e que pode ser explicado pelo aumento de prevalência de DCV no período pós-menopausa onde há declinação da função ovárica com consequente degeneração das estruturas cardíacas em especial o sistema de condução de impulsos [12].…”

“…No estudo em causa, a HTA foi o principal fator de risco e mais prevalente no sexo masculino (52,3%). Alguns países africanos [6,11,14,15] realizaram forças tarefas no intuito de conhecer o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes submetidos a implantação de DEC, e os resultados foram consonantes em identificar o BAVT como o distúrbio de ritmo mais frequente entre os pacientes estudados que motivou a implantação desses dispositivos. No estudo em questão não foi diferente em ratificar este achado.…”

“…O estudo mostrou ainda que as implantações desses DEC foram realizadas maioritariamente em pacientes que possuíam um convênio de saúde, fato que permitiu acesso integral ao tratamento, por outro lado, embora haja grande número de pacientes que se beneficiariam desse tratamento, a falta de apoio financeiro foi a principal razão para baixa acessibilidade entre os mesmos, uma vez que em sua maioria foram realizados em centros privados, realidade que coincide com outros autores africanos [2,6,11,19], que revelaram que a principal razão para baixo acesso foi a falta de condições financeiras para arcar com os altos custos do procedimento.…”