RESUMO - RACIONAL: Três técnicas cirúrgicas para correção de hérnia inguinal estão atualmente validadas. Poucos estudos compararam os resultados entre Lichtenstein e a abordagem laparoscópica transabdominal pré-peritoneal obtidos em uma etapa inicial da curva de aprendizado. OBJETIVO: Comparar os resultados iniciais do tratamento entre a técnica de Liechtenstein e a abordagem pré-peritoneal transabdominal laparoscópica para fornecer uma base para a tomada de decisão do cirurgião. MÉTODO: Os pacientes foram divididos em grupo 1: aborgadem laparoscópica transabdominal pré-peritoneal (114 pacientes), e grupo 2: reparo aberto de Lichtenstein (35 pacientes). Os dados foram coletados em prontuários médicos durante a evolução do pós-operatório imediato e por contato telefônico após a alta hospitalar. Para a análise das variáveis, foi implementado o teste de independência Qui-Quadrado, com nível de significância estabelecido em p-valor = 0,05. RESULTADOS: Houve forte associação entre laparoscopia, menos dor pós-operatória e maior tempo operatório. Além disso, notou-se preferência pela técnica nos casos de recorrência, bilateralidade, hérnia umbilical associada ou obesidade. Neste estudo, a técnica de Lichtenstein foi associada a um menor tempo de retorno ao trabalho e foi o tratamento de escolha para pacientes idosos. CONCLUSÃO: A herniorrafia laparoscópica transabdominal pré-peritoneal deve ser a primeira escolha em casos de bilateralidade, hérnia umbilical associada, obesidade e recorrência para reparo anterior. O risco cirúrgico é adequado para o procedimento, mesmo nos estágios iniciais da curva de aprendizado.