Introdução: A fístula biliar interna é uma complicação rara da colelitíase de longa duração, caracterizada pela comunicação anômala entre a vesícula biliar e o trato gastrointestinal ou outras estruturas biliares. Esta condição pode ser dividida em fístulas bilio-digestivas e bilio-biliares, sendo a fístula colecisto-duodenal a mais comum. A fístula biliar interna ocorre devido ao processo inflamatório crônico que promove aderências entre estruturas vizinhas, resultando na formação de uma comunicação anormal. Objetivo: Realizar revisão da literatura e estudar 13 casos de fístula biliar interna. Métodos: Efetuada revisão da literatura vigente incluindo 13 casos de fístula biliar interna em bases de dados para pesquisa médica como: ResearchGate, PubMed, Cochrane, dentre outras. Discussão: A fístula biliar interna é uma das complicações da colelitíase de longa duração e pode-se dividir em dois tipos: bilio-digestivas e bilio-biliares, sendo a mais comum a bilio-digestiva colecisto-duodenal (70% dos casos). O processo inflamatório presente promove aderência de estruturas vizinhas, o que pode gerar uma fístula entre essas estruturas, sendo mais frequente a fístula entre o duodeno e a vesícula biliar. Conclusão: O tratamento da obstrução duodenal deve ser individualizado, sendo a primeira escolha inicial a enterotomia proximal. Observa-se preferência pela correção da fístula biliar e a colecistectomia juntamente com a remoção do cálculo associado. Entretanto, é preferível postergar os procedimentos descritos em pacientes com comorbidades agravantes. Portanto, o manejo deve ser individualizado.