Em abril de 2012, teve início uma série de pesquisas envolvendo morcegos no Parque Nacional do Catimbau, no estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. Essas pesquisas envolvem desde inventários básicos de espécies, passando por estudos de história natural, de avaliação de impactos ambientais, estudos moleculares e de genética de populações. As informações produzidas nos ajudam a entender como os morcegos e seus abrigos – especialmente as cavernas – são dinâmicos no tempo e no espaço, e quão ricas são as interações ecológicas envolvendo esses animais. Além disso, as pesquisas também permitem a ampliação do conhecimento sobre fungos associados a morcegos e seus abrigos, sobre ecossistemas cavernícolas, ecologia parasitária, e sobre efeitos de ações antrópicas e de eventos climáticos sobre a biodiversidade. Merece destaque a contribuição dada para a formação e capacitação de estudantes de graduação, mestrado e doutorado, além de pesquisadores em estágio pós-doutoral. Apesar da produção de um volume de informações considerável até o momento, ainda assim várias outras perguntas e abordagens permanecem em aberto e apontam direções e oportunidades para pesquisas futuras. Passados dez anos, neste artigo apresentamos as pesquisas conduzidas com morcegos desde então no Parque Nacional do Catimbau, sintetizando seus principais resultados.