A biodiversidade, a qual é fundamental para a segurança e soberania alimentar e nutricional, está empobrecendo, colocando em risco o meio ambiente, a saúde e os alimentos. Com o avanço da degradação ambiental e a ameaça da emergência climática, são necessárias novas alternativas para os sistemas agroalimentares, as quais levem em consideração os princípios da agroecologia, da conservação on farm e dos policultivos, fomentando a bioeconomia da sociobiodiversidade. Para isso, merece a atenção o uso de espécies nativas do Brasil, como a Campomanesia phaea, o cambucizeiro ou cambuci, visto que os saberes para essas mudanças podem ser encontrados nos povos e comunidades tradicionais. Assim, analisaram-se aqui, registros etnobotânicos do cambucizeiro, descrevendo sobre a planta, seus usos e benefícios, apresentando-a como uma opção de produção e geração de renda. Tais registros foram obtidos de revisão da bibliografia científica. O cambucizeiro é muito utilizado popularmente para fins alimentares e medicinais. Por ser rico em nutrientes e compostos bioativos têm potenciais para as indústrias alimentícias e farmacêuticas. Devido aos usos e potenciais, pode ser considerada uma ótima opção e inovações para agroecossistemas, gerando novas cadeias produtivas da bioeconomia da sociobiodiversidade.