ResumoContexto: Relatada desde a Antiguidade, a tricotilomania (TTM) somente na última década despertou maior interesse clínico, sendo incluída no DSM-IV-TR (The Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 4 th Text Revision) como um transtorno do controle dos impulsos não especificado. Dados recentes estimam uma prevalência em torno de 3%, indicando uma incidência mais comum do que se imaginava. Aspectos clínicos e terapêuticos ainda não estão totalmente definidos. Objetivo: Revisão sistemática da literatura de vários aspectos da tricotilomania pertinentes à teoria clínica e prática. Método: Os termos "trichotillomania", "epidemiology", "clinical characteristics", "etiology", "comorbidity" e "treatment" foram consultados nas bases de dados Medline/PubMed, Lilacs, PsycINFO e Cochrane Library. Resultados: Pesquisas com populações não clínicas sugerem que a TTM é mais comum do que se acreditava. Aspectos fenomenológicos, taxonômicos, comorbidades e possibilidades terapêuticas são discutidos. Conclusão: Apesar de um crescente número de estudos recentes, questões clínicas e terapêuticas permanecem em aberto. Com base nesta revisão da literatura, sugerem-se direções para diagnóstico, tratamento e futuras pesquisas.Toledo EL, et al. / Rev Psiq Clín. 2010;37(6):251-9 Palavras-chave: Tricotilomania, etiologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento.
AbstractBackground: Recognized since antiquity, only within the last decade has the subject of trichotillomania provoked any larger clinical interest since it has been included in the DSM-IV-TR (The Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 4 th Text Revision) as a disturbance of the impulse-control disorders not elsewhere classified. Recent data estimates its prevalence at around 3%. Although more common than it was imagined before, clinical and therapeutic aspects are still not well defined. Objective: Systematic revision in the literature of several aspects of trichotillomania and its clinical and practical theory. Method: The term "trichotillomania", "its epidemiology", "clinical characteristics", "etiology", "comorbidity" and "treatment" were searched in the data bases of Medline/ PubMed, Lilacs, PsycINFO and Cochrane Library. Results: Research with no clinical populations suggests that TTM is more common than it was previously suspected. Phenomenological and taxonomical aspects, comorbidity as well as therapeutic possibilities are discussed. Conclusion: Despite a growing number of recent studies, clinical and therapeutic aspects remain undefined. Based on this literature's review, directions are suggested concerning diagnosis, treatment and future research.