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egundo o Ministério da Saúde, as órteses, próteses e materiais especiais (OPME) são insumos utilizados na assistência à saúde, estando estes relacionados a uma intervenção médica, odontológica ou de reabilitação, diagnóstica ou terapêutica. As OPME representam um elevado custo no setor de saúde, o que impulsiona a necessidade de maior controle do ponto de vista de rastreabilidade e processamento 1 .Dentre as OPME, podemos destacar os implantes, caracterizados como dispositivos médicos (DM) implantados cirurgicamente de forma temporária ou permanente, em que sua utilização se dá pela necessidade de repor a funcionalidade de um membro ou articulação de forma próxima à fisiológica, permitindo maior longevidade e melhor ajustamento ao local aplicado 2 .De acordo com a Resolução Específica (RE) n o 2.605 de 11 de agosto de 2006 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os dispositivos implantáveis não podem ser reutilizados, por isso, mesmo que ocorra uma tentativa não efetivada de implantação, estes devem ser descartados, pois a força mecânica atribuída durante a prova pode danificar o implante ou comprometer sua estrutura 3 .Na rotina diária do Centro de Material e Esterilização (CME) recebemos implantes e instrumentais em estojos com grande quantidade de placas e parafusos para serem processados e utilizados em diferentes procedimentos. A justificativa para disponibilizar os implantes em caixas gráficas é facilitar a seleção do tamanho (comprimento, diâmetro) e do modelo do implante que melhor se adequa ao caso do paciente durante o ato cirúrgico. Esta prática tem gerado muitas dúvidas e questionamentos dos enfermeiros de CME sobre as possíveis alterações nas características iniciais dos produtos diante das múltiplas exposições dos implantes aos produtos químicos utilizados no processo de limpeza, as altas temperaturas utilizadas nos processos de desinfecção e esterilização e o frequente manuseio dos profissionais. É necessário produzir evidências científicas demonstrando se após os inúmeros reprocessamentos, a resistência mecânica, integridade e biocompatibilidade do produto permanecem inalteradas, e com base nessas evidências, definir o número de vezes que esses implantes podem ser reprocessados, e padronizar a forma de registrar os processamentos já realizados.A preocupação com a múltipla exposição dos implantáveis ao manuseio intraoperatório, circulação em diferentes instituições de saúde e más práticas no reprocessamento resultam na formação de biofilmes nas superfícies dos implantes aumentando os riscos para infecções de sítio cirúrgico. O biofilme consiste na agregação de células a uma superfície, as quais são envoltas por uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares, que protegem os microrganismos contra os agentes de limpeza, resultando no comprometimento da esterilização 4 , aumentando os riscos para infecções, custo do tratamento, soltura do implante e, consequentemente, a morbimortalidade.Este é um artigo de acesso aberto distribuído nos termos de licença Creative Commons Atribuição ...
egundo o Ministério da Saúde, as órteses, próteses e materiais especiais (OPME) são insumos utilizados na assistência à saúde, estando estes relacionados a uma intervenção médica, odontológica ou de reabilitação, diagnóstica ou terapêutica. As OPME representam um elevado custo no setor de saúde, o que impulsiona a necessidade de maior controle do ponto de vista de rastreabilidade e processamento 1 .Dentre as OPME, podemos destacar os implantes, caracterizados como dispositivos médicos (DM) implantados cirurgicamente de forma temporária ou permanente, em que sua utilização se dá pela necessidade de repor a funcionalidade de um membro ou articulação de forma próxima à fisiológica, permitindo maior longevidade e melhor ajustamento ao local aplicado 2 .De acordo com a Resolução Específica (RE) n o 2.605 de 11 de agosto de 2006 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os dispositivos implantáveis não podem ser reutilizados, por isso, mesmo que ocorra uma tentativa não efetivada de implantação, estes devem ser descartados, pois a força mecânica atribuída durante a prova pode danificar o implante ou comprometer sua estrutura 3 .Na rotina diária do Centro de Material e Esterilização (CME) recebemos implantes e instrumentais em estojos com grande quantidade de placas e parafusos para serem processados e utilizados em diferentes procedimentos. A justificativa para disponibilizar os implantes em caixas gráficas é facilitar a seleção do tamanho (comprimento, diâmetro) e do modelo do implante que melhor se adequa ao caso do paciente durante o ato cirúrgico. Esta prática tem gerado muitas dúvidas e questionamentos dos enfermeiros de CME sobre as possíveis alterações nas características iniciais dos produtos diante das múltiplas exposições dos implantes aos produtos químicos utilizados no processo de limpeza, as altas temperaturas utilizadas nos processos de desinfecção e esterilização e o frequente manuseio dos profissionais. É necessário produzir evidências científicas demonstrando se após os inúmeros reprocessamentos, a resistência mecânica, integridade e biocompatibilidade do produto permanecem inalteradas, e com base nessas evidências, definir o número de vezes que esses implantes podem ser reprocessados, e padronizar a forma de registrar os processamentos já realizados.A preocupação com a múltipla exposição dos implantáveis ao manuseio intraoperatório, circulação em diferentes instituições de saúde e más práticas no reprocessamento resultam na formação de biofilmes nas superfícies dos implantes aumentando os riscos para infecções de sítio cirúrgico. O biofilme consiste na agregação de células a uma superfície, as quais são envoltas por uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares, que protegem os microrganismos contra os agentes de limpeza, resultando no comprometimento da esterilização 4 , aumentando os riscos para infecções, custo do tratamento, soltura do implante e, consequentemente, a morbimortalidade.Este é um artigo de acesso aberto distribuído nos termos de licença Creative Commons Atribuição ...
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