Biologia reprodutiva de Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn. (Sapotaceae) na região semiárida da Bahia

Abstract

RESUMO -O objetivo deste trabalho foi estudar a fenologia, biologia reprodutiva e visitantes florais de Sideroxylon obtusifolium em área de caatinga. O estudo foi realizado de outubro de 2003 a setembro de 2005, em populações naturais de S. obtusifolium, na Reserva Legal do Projeto Salitre, em Juazeiro, BA. Os dados fenológicos indicaram que as fenofases vegetativas (brotação e senescência foliar) ocorreram ao longo do ano, enquanto a floração e frutificação foram registradas na estação seca e das chuvas, respectivamente. As flores são hermafroditas, de coloração creme, exalam odor, secretam pequena quantidade de néctar (< 1 μl) e apresentam antese diurna e dicogamia protogínica. Entre os visitantes florais, foram registradas abelhas, vespas, moscas e borboletas. Apis mellifera e os dípteros morfoespécie 1 e 2 foram considerados polinizadores dessa sapotácea. Quanto ao sistema de reprodução, S. obtusifolium é autógama facultativa, produzindo frutos por autopolinização (6,6%) e por polinização cruzada (33%). Diferenças no registro fenológico, na biologia floral e nos agentes polinizadores foram encontradas, em comparação com outros ambientes, indicando que as variáveis climáticas podem ser um dos diversos fatores que influenciam essa relação.Palavras-chave: Caatinga; Protoginia; Miofilia. REPRODUCTIVE BIOLOGY OF Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn. (Sapotaceae) IN THE SEMIARID REGION OF BAHIA ABSTRACT -The aim of this work was to study phenology, reproductive biology and flower visitors of

Chrysophyllum marginatum (Sapotaceae): Generalist pollination and cryptic gynomonoecious

“…This pollination system is very common in woody flora of the Costa Rican tropical rainforest (Bawa et al, 1985) and Brazilian Cerrado vegetation (Oliveira & Gibbs, 2000, 2002 and references; Martins & Batalha, 2006), and in species with floral attributes similar to those of C. marginatum (see Moreira & Freitas, 2020). In the same way, generalist pollination by bees, beetles, butterflies, flies and/or wasps is common in Sapotaceae (Gomes & Pinheiro, 2007; Gomes et al, 2010; Kiill et al, 2014; Lassen et al, 2018).…”

“…According to the Most Effective Pollinator Principle, a flower’s characteristics will be molded by those pollinators that visit it most frequently and effectively in the region where it is, but this does not mean that the flower is pollinated exclusively by this vector (sensu Stebbins, 1970). Pollination by the Hymenoptera (mainly bees) and/or Diptera orders is common in Sapotaceae species (e.g., Manilkara subsericea , Pouteria venosa , Sideroxylon obtusifolium and Vitellaria paradoxa ) (Gomes & Pinheiro, 2007; Gomes et al, 2010; Kiill et al, 2014; Lassen et al, 2018) and other families with floral attributes similar to neotropical Sapotaceae, such as Erythroxylaceae, Flacourtiaceae (e.g., Bawa et al, 1985; Oliveira & Gibbs, 2000) and Rhamnaceae (e.g., Medan & Arce, 1999 and references). In Panama, Chrysophyllum cainito seems to be pollinated mainly by species of Tetragonisca bees (Gonzálvez, Chen, & Rodríguez‐Gironés, 2015; Parker et al, 2010).…”

“…However, according to Pennington (2004), the majority of Sapotaceae species are certainly entomophilous. Indeed, in the Brazilian Caatinga and restinga, Sapotaceae species that have flowers with diurnal ( Manilkara subsericea , Sideroxylon obtusifolium ) or nocturnal anthesis ( Pouteria venosa ) present generalist pollination by bees, butterflies, flies and/or wasps (diurnal anthesis) (Gomes, Pinheiro, Lima, & Santiago‐Fernandes, 2010; Kiill, Martins, & Silva, 2014) or beetles and flies (nocturnal anthesis) (Gomes & Pinheiro, 2007). Recently, Lassen, Nielsen, Lompo, Dupont, and Kjær (2018) verified that although different small insect species can pollinate Vitellaria paradoxa flowers, a higher percentage of fertilization occurs after pollination by the exotic honeybee Apis mellifera .…”