Os impactos gerados pela atividade mineradora de pequena escala abrangem diversas áreas e ocasionam consequências nocivas, concentradas nos âmbitos econômicos, sociais, ambientais e institucionais. Apesar de ser uma atividade extrativista tradicional realizada de maneira artesanal, a Mineração de Pequena Escala da opala presente no município de Pedro II tem causado impactos complexos em áreas diversas os quais têm sido relativizados e tornados invisíveis no contexto local. Este estudo objetiva jogar luz na invisibilidade dos impactos nocivos causados pela atividade minerária da opala no município de Pedro II a partir da perspectiva do desenvolvimento local. Este trabalho constituiu-se numa pesquisa de abordagem qualitativa, através do método estudo de caso, apresentando como fonte de dados, artigos, livros, relatórios técnicos, visita in loco e entrevistas semiestruturadas com sujeitos envolvidos na extração, industrialização e comercialização das gemas de opala. Os resultados obtidos indicam a existência de impactos nocivos que alinhados a ineficiência de políticas públicas que integrem a pluralidade dos interesses envolvidos e a inanição dos órgãos de fiscalização e fomento tem favorecido a perpetuação do trabalho informal, a comercialização no mercado paralelo das gemas, a modificação da paisagem e do espaço que termina por comprometer a fauna e flora. Por serem considerado como inerentes a atividade minerária de pequena escala e não próprios da atividade minerária local, os impactos trazidos pela mineração da opala são relativizados e não visíveis como danosos para o contexto local. Tais consequências se configuram como inibidores do desenvolvimento local. Sendo assim, identificar, analisar e jogar luz nos impactos nocivos presentes na mineração da opala são essenciais para o despertar de novas atitudes que venham favorecer do desenvolvimento local. Salienta-se ainda que este estudo visa ainda contribuir para o enriquecimento de discussões mais formais e racionais sobre mineração e desenvolvimento local.