Bioprospecção de Enzimas Hidrolíticas Extracelulares em Aureobasidium pullulans

Abstract

RESUMOO fungo "yeast like" Aureobasidium pullulans é notavelmente reconhecido por sua importância econômica graças ao seu potencial biotecnológico diverso, neste contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar isolados deste fungo obtidos a partir da planta medicinal alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia DC -Asteraceae) quanto a produção de enzimas hidrolíticas extracelulares. Experimentos sobre a atividade enzimática de pectinases, proteases, celulases, esterases e lipases foram conduzidos. Com base nos resultados, no que diz respeito a capacidade de produção de enzimas: 69% dos isolados apresentaram atividade pectinolítica, 77% proteolítica e 100% deles possuíam atividade amilolítica, celulolítica e lipolítica. Este estudo revela que os microrganismos associados a plantas de B. dracunculifolia são grandes produtores de várias enzimas hidrolíticas e representam portanto, uma fonte promissora de enzimas para diferentes aplicações biotecnológicas. Palavras-chave: Planta Medicinal, Levedura, Enzimas INTRODUÇÃOMais de 4000 enzimas são conhecidas e aproximadamente 200 são utilizadas comercialmente, sendo que a grande maioria possui origem microbiana (SHARM; CHISTI; BANERJEE, 2001). Dentre os micro-organismos produtores de enzimas destaca-se o fungo "yeast-like" Aureobasidium pullulans , que é notavelmente reconhecido por sua importância econômica graças ao seu potencial biotecnológico diverso, pois ele pode ser utilizado como produtor de diversas enzimas extracelulares tais como: proteases, lipases, amilases e xilanases, de "single-cell protein"; do polissacarídeo pululana e ainda de compostos sideróforos (CHI et al, 2009).Enzimas de origem microbiana podem ser utilizadas como catalisadores em uma grande variedade de processos industriais; como no processamento de alimentos; na fabricação de ração animal, medicamentos e cosméticos; na indústria têxtil, de papel e de celulose; bem como na pesquisa e desenvolvimento biotecnológico. O Brasil apesar de possuir um enorme potencial para produção de enzimas, importa a maior parte das enzimas que utiliza (BARATTO et al, 2011); sendo assim, estudos que contribuam para a inserção e consolidação do Brasil como produtor de tecnologia enzimática se fazem necessários (MONTEIRO; SILVA, 2009).Diante deste contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de enzimas