“…Conforme já discutido por Bento e Bringel (2014), entidades constituídas como empresas públicas ou sociedades de economia mista se valem do seu caráter público-privado como uma forma de contornar demandas por mais transparência e divulgação de informações acerca dos seus clientes. Assim, conseguem manter-se insulados o suficiente para utilizar critérios nebulosos -e, por vezes, políticos -na escolha daqueles que recebem os empréstimos (Kondo, 2002;Torres & Costa, 2012). Se isso já está apaziguado no debate da teoria burocrática, o papel regulador do BCB parece reforçar e salvaguardar o sigilo nos BD, evidenciando a necessidade de se repensar o papel e os limites dessas instituições.…”