Introdução: O envelhecimento é caracterizado por alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, podendo afetar o estado nutricional dos idosos. Métodos são utilizados pelos idosos como alternativa para reverter essas mudanças, tais como alterações nos hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e uso de medicamentos, podendo levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares (TA's). Objetivo: Analisar na literatura científica dados sobre o estado nutricional, percepção de imagem corporal e risco de desenvolvimento de TA's em idosas. Método: Revisão descritiva da literatura, efetuada no período de março a junho de 2022, cuja busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, sendo utilizados os descritores "Idosos" (Elderly; Anciano), "Imagem Corporal" (Body Image; Imagen Corporal), "Distúrbios da Imagem Corporal" (Body Image Disorders; Trastornos de la imagen corporal) e "Transtornos Alimentares" (Eating Disorders; Trastornos de Alimentación). Foram incluídos artigos originais em língua portuguesa, inglesa e espanhola que investigassem o estado nutricional, a percepção da imagem corporal e desordens alimentares em idosas. Resultados: Foram encontrados 685 artigos, sendo apenas 7 estudos incluídos, visto que as suas características atendiam à finalidade da pesquisa. Os artigos encontrados identificaram que as mulheres classificadas com sobrepeso ou obesidade tendem a apresentar maior insatisfação com sua imagem corporal, sendo consideradas como o gênero mais insatisfeito e com menor qualidade de vida. Os aspectos alimentares, físicos, psicológicos e sexuais também foram influenciados nesse processo de não aceitação da imagem corporal. Uma das estratégias utilizadas é a restrição alimentar ou uso de medicamentos, como os laxantes e diuréticos, para controle de peso, configurando-se como características dos transtornos alimentares. Conclusão: Foi evidenciado que a maior parte das idosas apresentavam excesso de peso, sendo um dos fatores para a insatisfação da imagem corporal. Na revisão foi possível constatar que as mulheres são mais vulneráveis ao desenvolvimento dos TA's e maior risco para insatisfação corporal.