Nesta pesquisa são apresentadas e analisadas as importações brasileiras de bovinos e seus produtos derivados que representam risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) reali-zadas no período de 2002 a 2009, conforme protocolo da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), no intuito de identificar riscos potenciais nas mercadorias internalizadas. Para tanto, foram utilizados os dados de tipo, volume e origem das importações, taxas de incidência e classificação de risco da EEB dos países exportadores disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela OIE. Neste período foram importados 476 bovinos vivos de países que registraram a EEB (Canadá e EUA), 7.791.295 kg de produtos destinados à alimentação animal dos EUA e 36.038 kg originários da Malásia. Também foram identificadas importações de produtos de origem bovina destinados ao consumo humano no período: 156.869 kg dos EUA, 1600 kg da Itália e 1 kg da Espanha e para fins farmacêuticos: 37.194 kg de pâncreas bovino dos EUA e mais 457.719 kg de glândulas de origem animal (sem definição de espécie) também provenientes dos EUA, as quais, segundo a OIE, devem ser consideradas na análise de risco de introdução do agente, apesar de suas respectivas finalidades. Foi possível concluir que as mercadorias importadas, apesar do potencial identificado, representaram baixo risco de introdução do agente no território nacional e que os volumes diminuíram gradativamente no período analisado.