“…A literatura que se debruçou sobre a cobertura midiática do ciclo de protestos de 2013 aponta, de modo geral, que os grandes veículos de mídia corporativa inicialmente se posicionaram no sentido de questionar a legitimidade dos protestos, enfatizando a adoção de táticas violentas por alguns manifestantes. Durante o mês de junho, com a multiplicação de pautas e de atores nas ruas (por exemplo, atores vinculados a um espectro político que poderia ser chamado genericamente como "conservador" 5 ), ocorreu uma mudança interpretativa, e diversos veículos inicialmente opostos aos protestos passaram a demonstrar apoio a causas e, no limite, a construir as pautas dos eventos (Lima, 2013;Araújo, Alves Filho;Nunes, 2014;Cammaerts;Jiménez-Martínez, 2014;Moraes, 2015;Fernandes, 2016;Teixeira, Fernandes;Silva, 2020).…”